Em nossa primeira aula, falamos e trocamos experiências
sobre a terra. Nessa perspectiva, os alunos elaboraram um texto e levaram uma
amostra do chão que possuísse algum significado particular para cada um.
De início, permutamos histórias e conhecemos através de
cada punhado de terra um pouco sobre a vida de cada colega presente. Logo após,
tivemos um contato físico com cada solo, os colocamos enfileirados em uma mesa,
tocamos, cheiramos e fizemos algumas classificações, separamos por cor, textura,
densidade, entre outros.
Em um segundo momento, a sala foi dividida em grupos cujo
objetivo foi, além de comentar a primeira parte da aula, discutir sobre a terra
e suas mais diversificadas aplicações. O mais interessante desse instante foi
perceber o quanto que o chão em que nós pisamos, redundantemente falando, é
muito mais do que o chão em que nós pisamos. Além de ser um calço para os
nossos pés, a terra também alimenta, está presente nas paredes de nossas casas,
na gasolina (advinda do petróleo) que move os carros das grandes cidades e até
mesmo na cadeira onde estou sentada escrevendo esse diário de bordo. E,
exatamente por ser tão importante, a terra é a protagonista de muitas questões,
sejam elas religiosas, culturais, econômicas ou políticas.
Foi uma aula muito rica e que ampliou as nossas visões
sobre tudo que envolve esse elemento tão importante chamado terra.
Abaixo, o meu texto pessoal:
O que essa terra é para você?
Terra/chão/solo,
de acordo com o dicionário, uma definição: camada inconsistente que recobre a
superfície emersa do planeta. Segundo eu, meu vizinho ou alguém que mora do
outro lado do mundo, 3 definições completamente diferentes. Se considerarmos
toda a população do mundo, 7 bilhões de pessoas, 7 bilhões de significados para
uma única palavra,bom...Não caberia aqui neste texto
Partindo
disso, vou falar um pouco sobre o que esta terra é para mim, especialmente.
Esse
punhado conta minha história e fala muito sobre quem eu sou e como eu cresci.
Sou
natural de Itabuna, cresci e moro atualmente no mesmo bairro. Então, esse chão
acompanhou e tem vivenciado todas as fases da minha vida. Foi nele onde eu
aprendi a andar de bicicleta, foi nele que eu pulei todas as vezes em que
passei de ano na escola, foi nele que eu deixei algumas gotinhas de sangue
quando caí e ralei a perna quando a minha mãe falou para não correr muito
rápido e eu não a ouvi, foi nele onde eu aprendi a dirigir... Enfim, foi e é
nele e sob ele que muitas das minhas realizações se concretizaram.
Essa
terra tem cheiro de café e bolo de aipim,
Essa terra é casa, é aconchego, é família, é lar.
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